quarta-feira, 5 de setembro de 2018

LOGÍSTICA REVERSA E SUSTENTABILIDADE: Os Desafios da Logística Reversa para a Sustentabilidade do Planeta



1. INTRODUÇÃO



          Logística Reversa, também conhecida como logística inversa, é a área da logística com foco no retorno de materiais já utilizados para o processo produtivo, visando o reaproveitamento ou descarte apropriado de materiais e a preservação ambiental. A logística reversa é um "instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.". Na logística reversa, as organizações precisam fazer com que os resíduos retornem à sua origem para serem reaproveitados ou, no caso de itens que não podem ser reciclados, sejam descartados de forma ambientalmente adequada. Uma empresa pode se beneficiar muito ao adotar a logística reversa e implementar uma política de reutilização de materiais. 
         A logística reversa atende não somente ao mercado e à economia, mas seu principal serviço é ao aspecto social e ambiental da sociedade, por envolver atividades como reciclagem, reaproveitamento de materiais e destinação e tratamento de lixo. Por isso, é tão importante ampliar a consciência ambiental como fator determinante na forma com a qual a sociedade lida com o consumo para garantir a vida das próximas gerações.


2. HISTÓRIA DA LOGÍSTICA

          A logística é utilizada desde a antiguidade com uma evolução constante ao longo dos anos. Os lideres militares já utilizava a logística para tramar guerras. Na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino, os militares com o titulo de Logistikas eram responsáveis para garantir os recursos e suprimentos de guerra. No fim da Segunda Guerra Mundial as empresas notaram a importância de se ter um departamento para cuidar da logística. Segundo Ballou, a logística "trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até ao ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.” Ou seja, a logística faz o gerenciamento do fluxo de produtos, desde o ponto de origem até os pontos de consumo visando satisfazer a demanda dos clientes ao menor custo possível.

2.1. A Logística no Brasil

            A história da Logística no Brasil tem inicio na década de 80 junto com a explosão da Tecnologia da Informação, apenas com foco em transportar e armazenar.  Na década de 90 começou a evolução com os cálculos dando inicio ao conhecimento científico, surgindo assim entidades dando enfoque a Logística. O processo de globalização se tornando mais evidente no cenário nacional trouxe para as empresas novos desafios que é a competitividade no mercado globalizado, onde surge a necessidade de produzir, distribuir a custo adequado sem perda de eficiência e qualidade dos produtos. 
           Mas as empresas não demonstravam preocupação com a competitividade, pois existia um amplo mercado consumidor e uma alta inflação que permitia aplicar a altos juros os recursos financeiros. Entre 1994 e 1997 houve um aumento de 50% no comércio exterior brasileiro, e esse rápido crescimento trouxe a necessidade de uma logística internacional, a qual o país não estava preparado.
       Mas o conceito atual utilizado e denominado supply chain management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos) apenas ocorreu após a estabilização da inflação com o estabelecimento de relacionamentos entre fornecedores, empresas e clientes, de forma mais duradoura. Antes dessa estabilidade, essa integração na cadeia de suprimentos era quase impossível devido a forte especulação por preços causados pela inflação.

3. LOGÍSTICA REVERSA

Com o aumento da globalização e consequentemente o aumento no consumo de produtos começou a gerar resíduos que é descartado de forma inadequada. A logística reversa surgiu com a preocupação com a destinação de resíduos pós-consumo e pós uso para trazer um bem estar ao meio ambiente e também a sociedade ela surgiu também como um diferencial para as empresas no atual mercada competitivo que é vivenciado no cenário brasileiro.
Define-se como Logística Reversa, a área que planeja, opera e controla o fluxo, e as informações logísticas correspondentes ao retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, através dos Canais de Distribuição Reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, competitivo, de imagem corporativa, dentre outros. Enquanto a Logística Tradicional trata do fluxo dos produtos fabrica x cliente, a Logística Reversa trata do retorno de produtos, materiais e peças do consumidor final ao processo produtivo da empresa.


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Figura 1: Ciclo da Logística Reversa 
Devido à severa legislação ambiental e também por grande influência da sociedade e organizações não governamentais, as empresas estão adotando a utilização de um percentual maior de material reciclado ao seu processo produtivo, assim como também passaram a adotar procedimentos para o correto descarte dos produtos que não possam ser reutilizados ou reciclados. A implantação da Logística Reversa vem atender ao público cada vez mais consciente e sensível quanto à prevenção do meio ambiente, tanto que se tornou uma das mais importantes decisões estratégicas.
           Os motivos que levam uma empresa a adotar a logística reversa é a legislação que as obriga a ter uma forma de sustentabilidade, a responsabilidade social e também o prestigio que elas recebem ao serem reconhecidas como empresas que são politicamente corretas. O objetivo principal da Logística Reversa é reinserir os resíduos do pós-consumo em novos ciclos produtivos. Tal conduta preserva o meio ambiente e a vida, pois além de retardar a ocupação de aterros sanitários, diminui a extração de matérias-primas.

3.1. Logística Reversa no Brasil

Em 2010 foi sancionada pelo Governo Federal, a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, na qual, constam exigências às empresas quanto à estruturação de sistemas de logística reversa no país. Entre 2000 e 2009, segmentos como embalagens de agrotóxicos e de óleos lubrificantes, pneus, dentre outros, implementaram Sistemas de Logística Reversa com abrangência em vários Estados brasileiros. Em 2011 o Ministério do Meio Ambiente instaurou o comitê orientador para a implementação de Sistemas de Logística Reversa junto aos setores de descarte de medicamentos, embalagens em geral, embalagens de óleos lubrificantes, eletroeletrônicos e lâmpadas fluorescentes.
Logística reversa é a área da logística com foco no retorno de materiais já utilizados para o processo produtivo visando o reaproveitamento ou o descarte correto de materiais e a preservação ambiental. A Politica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) define a logística reversa como “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.”. O conceito de logística reversa se assegura na sustentabilidade ecológica e econômica, comprovando que existem possibilidades do desenvolvimento econômico caminhar ao lado do desenvolvimento ambiental.
       As empresas podem ao mesmo tempo em que geram lucros e riquezas, adotar praticas sustentáveis que lhe tragam benefícios e garantam a preservação do meio ambiente para as futuras gerações, além de possibilitar a sustentabilidade social, respeitando a comunidade que se insere, gerando emprego e renda. A logística reversa vem se tornando cada vez mais importante nas empresas e organizações, pois é considerado um diferencial competitivo, proporcionando responsabilidade socioambiental e redução de custos dos insumos de produção trazendo retorno financeiro e competitividade entre as empresas. Na prática, a partir do momento em que qualquer empresa recebe um produto de volta, seja por processamento de mercadorias devolvidas devido a danos, inventário sazonal, reabastecimento, recalls e estoque em excesso, por reciclagem, programas de materiais perigosos, disposição de equipamentos obsoletos ou recuperação de ativos está praticando a logística reversa. Porém não ter um departamento específico e uma gestão eficiente para tal acaba perdendo, tanto financeiramente quanto em qualidade.
Durante muito tempo os brasileiros jogaram no lixo uma montanha de dinheiro estimado em R$ 8 bilhões por ano, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Essa conta se refere apenas aos recursos que deixaram de serem ganhos com o reaproveitamento dos resíduos no próprio sistema produtivo da empresa ou com venda de insumos como plástico, alumínios e vidros para reciclagem. Além do aspecto financeiro, essa postura ajuda a agravar o quadro de doenças e tragédias que assolam o país. Atualmente, a maior consciência do consumidor sobre os danos causados ao meio ambiente está fazendo com que sejam mais exigentes em relação às empresas. Essa exigência faz com que as empresas passem a repensar na sua responsabilidade sobre o seu produto após o uso. Quanto menor for o impacto das linhas de produção sobre o meio ambiente, maior valor a marca e o negócio ganham num cenário também marcado por crescente competição.

4. OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA REVERSA

Segundo a lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social. Ela é caracterizada por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e reaproveitamento dos resíduos sólidos ao setor empresarial para o reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Com essa Lei a PNRS, tem o intuito de reduzir os resíduos sólidos gerados pelas indústrias por meio da estratégia de retorno dos produtos à geradora após o consumo. Esse processo responsabiliza as empresas e contribui para a integração dos municípios no gerenciamento de resíduos. Tendo em vista o cumprimento do Decreto n.7404/2010, que estabelece normas para a execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
De uma forma geral os desafios da logística reversa são relevantes pelas características dos produtos retornados e pelas condições gerais de heterogeneidade dos produtos, que determinam soluções logísticas adequadas a cada caso. Citemos somente como lembrança a forma de coletar, transportar, armazenar, consolidar, processar industrialmente, selecionar e destinar os produtos ou materiais constituintes, que exigirão diferentes soluções. Aspectos como localizações das fontes de entrada do produto na cadeia reversa, dimensões físicas e peso do produto; densidade; estado físico; periculosidade, fragilidade, valor agregado do produto; quantidades disponíveis nos locais de coleta; necessidade de embalagem; processamentos prévios para movimentação; exigirão igualmente soluções adaptadas a cada caso.
Mesmo com a Lei bem definida, ainda há dificuldades com relação à sua implementação, tendo em vista a localização geográfica das indústrias com os centros urbanos, onde se tem os pontos de coleta; e também a geração da quantidade mínima de resíduos para otimização da coleta. Outra dificuldade é que não tem como prever quando o consumidor irá utilizar o produto e quando será descartado. Não se pode esquecer também de que não são todas as localidades que possuem pontos de coletas de resíduos.
É importante ressaltar que a falta de conscientização também é um dos fatores para a dificuldade de sucesso da logística reversa. Infelizmente, a grande maioria dos consumidores compram produtos e não pensam em como deverão descarta-los depois de utilizar. Ou até mesmo, não sabem e nem são informados do seu descarte ou devolução de forma apropriada.

5. A NATURA COMO EXEMPLO DE EMPRESA SUSTENTAVEL

          Um exemplo de sustentabilidade é a Natura, empresa de cosméticos que apostou na logística reversa e sustentabilidade e esta se tornando cada vez mais conhecida mundialmente. Ao mesmo tempo em que acelerou novas frentes de negócios, a companhia deu força para seus indicadores de sustentabilidade. Foi criada uma nova visão de sustentabilidade onde são estabelecidas diretrizes estratégicas para a construção do impacto positivo até 2050 para todos os negócios, assim como ambições e compromissos até 2020 para a marca. 
          Uma das prioridades até 2020 em relação as suas marcas e produtos é torna-los veículos de comunicação, educação e engajamento por meio da transparência no fornecimento de informações, que auxiliem o consumidor em sua escolha consciente e sustentável. Em questão das embalagens sua prioridade é aumentar a reciclabilidade de suas embalagens e o uso de material reciclado pós-consumo, assim como estimular o desenvolvimento e consumo das embalagens mais ecoeficientes sempre incentivando um consumo mais consciente e desenhos considerados propícios de ecodesign e ecoefetividade. 
             A compra de insumos para suas fábricas não é a única preocupação da Natura em relação à sustentabilidade. É algo que está presente nas decisões mais corriqueiras, como a escolha dos móveis de madeira 100% certificada que decoram a nova sede da companhia em São Paulo, inaugurada há dois meses. E em outros dilemas do negócio. Todos os perfumes da companhia levam álcool orgânico. O descarte das embalagens também se tornou outra preocupação constante. A empresa foi pioneira no setor de cosméticos ao colocar no mercado refis de seus produtos ainda nos anos 80.
              Em 2010, começou a substituir o polietileno convencional, substância presente na maioria dos plásticos, por polietileno verde, feito com cana-de-açúcar, fonte renovável e menos danosa ao meio ambiente. Com uma visão mais sustentável, transparente e de fácil acesso a marca, líder em higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no Brasil, acaba de receber a certificação B Corp e reforça um movimento global de empresas conectadas para a promoção de uma sociedade mais sustentável. Com isso, a companhia torna-se a primeira empresa B Corp de capital aberto da América Latina e a maior do mundo, em receita e número de colaboradores. Além do certificado B corp, a Natura entrou para a tradicional lista The Global 100. Feita pela Corporate Knights, uma publicação canadense especializada em responsabilidade social e desenvolvimento sustentável que todos os anos divulga um ranking de 100  empresas mais sustentáveis do mundo. Onde a Natura no ano de 2018 ficou na 14ª posição, sendo a empresa mais sustentável do Brasil.

6. LOGÍSTICA REVERSA E O MARKETING VERDE

          A logística reversa e o marketing são assunto que estão interligados, pois essa junção numa perspectiva estratégica e empresarial pode trazer muitos benefícios. Num mundo globalizado e com diversas questões ambientais as pessoas buscam empresas que tenham responsabilidade socioambiental. Tornando assim a logística reversa um diferencial competitivo e atraindo o publico para o marketing verde.
    Marketing ambiental, Marketing verde ou ecomarketing é a estratégia de marketing voltada ao processo de venda de produtos e serviços que são baseados nos seus benefícios ao meio ambiente. É a estratégia de vinculação da marca, produto ou serviço a uma imagem ecologicamente consciente. Ou seja, o ecomarketing consiste em vender a imagem de que sua empresa tem consciência ecológica.

7. JUSTIFICATIVA

         A logística reversa contribui de forma significativa para o incremento da reutilização de materiais recicláveis, mas com necessários esforços para o aumento de eficiência, com iniciativas para melhor estruturar tais sistemas de logística reversa. Enquanto a logística tradicional trata do fluxo de saída dos produtos, a logística reversa gerencia o inverso de um processo de logística tradicional. Ou seja, ela trata do fluxo de materiais do ponto que são consumidos até a sua origem. Além de também controlar o fluxo de informações e comunicação necessária para que esse processo seja eficiente. Devido ao maior rigor de legislação ambiental, a necessidade de reduzir custos e a necessidade de oferecer mais serviços por meio de politicas de devolução mais liberais as empresas estão não só utilizando uma maior quantidade de materiais reciclados como também se preocupando com o descarte ecologicamente correto de seus produtos ao final do seu ciclo de vida.
              De acordo com a afirmação de Leite (2003), as empresas fabricantes de produtos que impactem negativamente o meio ambiente, serão afetadas por legislações restritivas às suas operações e oneradas em custos que podem ser evitados, tendo também sua imagem corporativa prejudicada perante a sociedade. Este problema pode ser evitado se as empresas se anteciparem e adotarem em suas operações a logística reversa.
Algumas razões para adotar esse tipo de logística na sua empresa são: O diferencial competitivo com a logística reversa, criar um diferencial competitivo é importante para as empresas podendo assim aumentar o número de vendas e busca pela empresa. As empresas socialmente aceitáveis, cada vez mais as pessoas buscam empresas que sejam socialmente aceitáveis em razão do desejo de fazer algo pela sociedade ao adquirir produtos ou serviços. A sustentabilidade, uma gestão sustentável nada mais é do que atender as necessidades econômicas e humanas sem comprometer o futuro, sendo muito comum entre as metas de grandes empresas. Os lucros com a reutilização de recursos usados, se passado pelo processo corretamente produtos reciclados e reutilizados representam bons lucros para a empresa.
      A redução de custos com o produto através da logística reversa, com o reaproveitamento de resíduos sólidos esse tipo de logística permite reduzir custos impactando diretamente no caixa da empresa e essa redução de custos pode se tornar um diferencial efetuando a venda de produtos a preços mais acessíveis e impulsionando as vendas. A melhora na imagem da marca, através de atitudes sustentáveis e sociais é possível conseguir uma melhora significativa na imagem da marca o que impacta de forma rápida e direta nas buscas e conversões. E a obrigatoriedade legal, com a promulgação da lei 12.305/10 se tornou obrigatória à aplicação da logística reversa para os seguintes produtos: pilhas e baterias, óleos lubrificantes automotivos, pneus, resíduos e embalagem de agrotóxicos, eletrônicos e lâmpadas.
            O que para muitas empresas pode parecer uma medida que gerou custos é uma ótima opção e traz bons retornos. Quando bem implementada a logística reversa pode proporcionar diversos benefícios para uma empresa como a satisfação do cliente, sustentabilidade, redução de custos, adequação à legislação, adequação da logística reversa, entre muitos outros fatores. Para conseguir se adequar a esse tipo de pratica é preciso estruturar uma gestão e criar um planejamento, que envolve a escolha de parceiros, decisão de reaproveitar os veículos que saem para entregas, roteirização, frequência de coleta, aplicação do processo em caso de devoluções e trocas, entre diversos outros aspectos. Uma logística reversa eficiente traz satisfação tanto para empresa quanto para seu cliente.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

           O movimento reverso, ou seja, a logística reversa é considerada por muitos gestores como um processo de reciclagem de embalagens que, na maioria das vezes, pela limitação de planejamento reverso, acaba sendo um grande gerador de custos (COTTRILL, 2000). O entanto, o mesmo autor ressalta que, a logística reversa, é muito mais complexa e envolve outros fatores tais como a criação de um canal reverso provedor de matéria-prima secundaria mais barata (originada do descarte de produtos já utilizados) e, ate mesmo, a satisfação dos clientes. Dessa forma, com um bom planejamento, o que era um gerador de custos pode se tornar uma respeitável fonte de lucro pra a empresa. Todos estes fatores nos levam a concluir que um sistema de Logística Reversa, embora envolva os mesmos elementos básicos de um sistema logístico tradicional, deve ser planejado e executado em separado e como atividade independente. Alguns autores (Rogers e Tibben-Lembke: 1999) (Kim: 2001) discutem sobre as vantagens de se terceirizar esta área da empresa. Mas, terceirizando-se ou não, o que a maioria dos autores acredita é que as equipes responsáveis pela logística tradicional e pela Logística Reversa devem ser independentes, já que as características dos fluxos com os quais elas lidam são bastante diferentes.
“Logística Reversa é a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valores de diversas naturezas: econômico, de prestação de serviços, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, dentre outros.”

(LEITE, 2009, p.17).


9.  OBJETIVOS

9.1. Objetivo Geral:

O objetivo principal é identificar como ocorre a logística reversa no país. Para isso, primeiramente, é importante definir o objetivo da logística reversa por meio dos canais de distribuição reversos, agregando valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico e de imagem corporativa. Sendo assim, um enorme desafio no desenvolvimento de um planeta mais sustentável.


9.2. Objetivos Específicos

  1. O controle da eficiência do fluxo de matérias-primas, dos estoques em processo, dos seus produtos acabados e das suas informações que correspondem o ponto de origem para o ponto de consumo, de forma reversa, com o proposito de trazer de volta o valor ou destinar ao seu descarte de forma apropriada torna a logística mais eficiente e sustentável.
  2. É usado esse tipo de logística para que seja feita de forma adequada o descarte de seu material que causa danos à sociedade. Trazendo assim uma visibilidade ecológica e melhorando sua imagem corporativa.
  3. O objetivo dos bens de pós-venda nessa área da logística empresarial é agregar valor a um produto que é devolvido por razões comerciais. Como: erro no processamento dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento e avarias no transporte.



REFERÊNCIAS

__________      Reciclagem.     In:      http://www.reciclagem.com.br.    Acesso    em    10    mar./2004.
GRIPPI, S.  Lixo, reciclagem e sua historia – Guia para as prefeituras brasileiras.  Edit.  Interciencia.
LACERDA, L. Logistica Reversa- uma visão sobre os conceitos básicos e as praticas operacionais. In: http://www.coppead.ufrj.br/pesquisa/cel/new/fr-ver.htm.            Acesso    em   04         fev./2004.
LEITE, Paulo Roberto. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo Prentice Hall, 2003.
LEITE,PAULO ROBERTO - Peculiaridades Da Logística Reversa De REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos)- Revista Tecnologistica abril 2013
NETTO,     R.     M     Logística     reversa:    uma    nova   ferramenta     de    relacionamento.                In:       www.guialogística.com.br
STOCK, J. R & LAMBERT, D. M. Becoming a Word Class Company with Logistics Service Quality. International      Journal     of      Logistics      Management, vol.   3,   n.   7,   1992,   pp. 73-    81.


Link para Download da íntegra do artigo: https://goo.gl/dx9iuC




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